Paris Fashion Week


Nem o alerta do Departamento do Estado Americano no Domingo sobre uma possível ameaça terrorista em Paris foi capaz de ofuscar o brilho da Semana de Moda. Cindi Leive, editora-chefe da revista Glamour, Glenda Bailey da Bazaar e Robbie Myers da Elle, deixaram os membros de seus times à vontade para partirem ou cancelarem seus planos de viagem a Paris. Anna Wintour,  Vogue dominatrix, foi  mais blasé e anunciou, “Nossos planos continuam os mesmos”.

Nicholas Guesquière da Balenciaga explorou o lado masculino da mulher com uma coleção audaciosa e com materiais inusitados, dividida em três partes- couros, alfaiatarias e vestidos – todas unidas por uma attitude andrógena. O look foi streetwear carregado com um pouco de punk Londrino e retrô. Jaquetas de couro, blazers, camisas masculinas com a ponta da gola em metal, usados com calças de silhueta quadrada, cintos e sapatos hard-core. Como sempre, a tecnologia do desenvolvimento dos tecidos foi impressionante- tudo é tratado, laqueado, revestido e minuciosamente manipulado, quase sempre à mão. Guesquière explicou que o couro foi bordado com PVC para um acabamento faux-em-verdadeiro, e o vestido do finale ganhou acabamento com técnicas de couture. Enquanto isso, Carine Roitfeld, vetada do desfile pela segunda temporada, se dirigia ao desfile da Balmain.

Balenciaga: a jaqueta de couro vai ser o It-item da temporada

Balenciaga finale

Para a coleção da Balmain, Christophe Decarnin mandou princesas punk em skinny jeans acid-washed e vermelhos, saias microscópicas, camisetas podrinhas e bustiers de couro pela passarela, com muitas tachas e alfinetes. O boato e que a jaqueta de couro com tachas de cristal e metal vai custar 25 mil dólares. Quem pode, pode….
Balmain e sua jaqueta para poucas

Balmain

Zac Posen apesar de Nova Iorquino, levou a sua coleção para Paris porque segundo ele, lá “as minhas roupas são respeitadas”. O lugar escolhido foi o ballroom do Westin Hotel, antigo InterContinental, aonde Yves Saint Laurent mostrava seu couture. Porém com todas as plumas e transparências, provou ser muita informação e não foi muito querido pelos críticos.
Zac Posen e suas plumas

Zac Posen

Com Paris ainda em espasmos do momento-menswear por toda parte, Galliano abriu a semana com looks marítimos para Christian Dior. As modelos com penteados a la Bettie Paige desfilaram vestidinhos, parkas, calças-marinheiro, bordados e até saias de tecido-corda, sempre em cores e estampas tropicais.
Christian Dior

Christian Dior

Alber Elbaz desenha para a mulher dona de si e que escolhe a moda que a exalta. A coleção de Lanvin mostrou esse poder, glamour e muito estilo. A justaposição de transparências fluídas sobre básicos e vestidos stretch com drapeados e zippers gigantes foi a fundação. Os bordados eram em cristais grandes e audazes.
Lanvin
Lanvin

O convite do desfile de Jean Paul Gaultier chegou com óculos 3D e duas figures nuas, uma mais cheinha que a outra. Com isso, a cantora…cheinha Beth Ditto, abriu e fechou o desfile. Tinha de tudo, punk 80’s, couros, minis, blazers, florais, listras náuticas, coqueiros e ate lingerie para a coquette S&M. Nem quem lembrou de levar os óculos 3D conseguiu entender o que estava acontecendo.
Beth Ditto para Gaultier

Gaultier

Na vez de Pedro Lourenço, representante do Brasil na Paris Fashion Week pela segunda vez, o boy-wonder de dezenove anos impressionou com as silhuetas rígidas e arquitetura complexa. O vestido de couro com o tule quase invisível foi quase uma engenharia. Referências de corrida e motocicletas deram à coleção um look futurista que deixou os editores de boca aberta, mas as suas produções ainda não são muito usáveis e não se traduzem para as ruas.
Pedro Lourenço

Pedro Lourenço

Yves Saint Laurent teve seu tributo nas passarelas desta temporada, uma coisa óbvia desde que o Petit Palais abriu as portas da retrospectiva de sua carreira em Março. Por isso, a coleção que Stefano Pilati desenhou para a marca foi uma das mais esperadas da temporada. Os macacões, terninhos classicos, vestidos e é claro, o smoking de crepe de soir que deram a YSL sua fama chic bourgeois, tiveram um revamp mais clean e polido. Foi como um tour guiado pela vida de Saint Laurent, com um toque moderno. Os looks tinham acabamento impecável, desde o batom vermelho, sombrancelhas tingidas e coques que mostravam os laços amarrados das golas.
YSL

YSL

8 comentários:

Tete disse...

Will, estou amando seus posts!!! Sao incriveis!!!
Xoxo

It NMWs disse...

Tks amore! Ja eram 2 da manha entao tive que parar! Mas faltou Chanel, Valentino, McCartney.....hj escrevo a parte 2!! bjaaaoooo

Carolina disse...

Post digno de Condé Nast... arrasou Will, estou ansiosa para parte 2.
Bjo

andrea disse...

Nossa Will ,seus post estao demais no nmw,ameeeeeeeeei esperando o proximo!!! bjs LUZES pra todas!!!!

Anônimo disse...

Oi,
Linda a coleção YSL!!!
Senti como se ele estivesse presente. Amei!!!

Mary disse...

wil que MARAVILHAAAAAAAAAAAAAAA to amando esse NMW nao tem para ninguem !
it-blog!
beijo beijo Mary

It NMWs disse...

E tanta coisa que acontece que fico ate sem folego! Nem cheguei nos baphos das festas de Paris! bjaaao

Anônimo disse...

Quero saber dos BAPHOS TODOS!Poe logo!!!bjs
Clau